POESIA DE BOTECO #00

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Pisa em mim!
mas pisa com PO E SIAS
Não só hoje, 
quero TODOS os dias
quero o eter que altera
acelera
que não espera o tempo acabar
tem que ser aqui
AGORA!
Pisa!
pisa e implora
a dança simplória
de dois corpos
que desejam se acariciar
tem que tentar
tente carinho
tente malícias
tente nostalgias
mas não vá esquecer
de me pisar com poesias !

violações

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Quanto te vi
já te escolhi
vai ser tú mesmo!
te por a esmo
numa dança que era pra ser singular
mas tá sem sal
sem amor
sem valor
sem emoção
já eu sem calção
sem precaução
me sentindo moleque
poderoso no parque de diversão
tu rejeitando
me arranhando
se entregando
sem escolha
sem amor
sem valor
perdendo o chão
fiz o serviço
gozei dentro
SIM, COMO GRANADA!!
Se não explodir, BELEZA!
se explodir...
se fode aí
FIZ SEU DIREITO DE ESCOLHA SER VIOLADO.

Processo criativo

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Não sei no que me meti mas me sinto confortável estar aqui nesse estado, desse jeito achando que faço parte de um lote que veio com defeito. Te falo com certeza amo estar nessa situação que me abraça e me deixa deitado acomodado corpo em flutuação

Vítima da vítima

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um texto quase sem nexo
quase uma hipocrisia
preste atenção ao QUASE
Tenho certeza de quase nada
não sei meus números
muito menos meus graus
mas sei meu gênero


sim, quero ter genros
por sorte, dois filhos gêmeos
todos parte do meu sangue
mas se o destino aprontar
posso até adotar
por quê o amor mora aqui


quero batalhar na vida
mas também batalhar aqui dentro
dia após dia, pra desconstruir
e destruir preconceitos
seja linguísticos, sociais
raciais
e o mais importante. Sexuais


não se confunda
nem se iluda
nunca queremos ser vistos com preconceitos,
mas criar uma armadura em cima dos próprios conceitos
na qual desejamos que quebrem sobre a gente
é quase um desrespeito contra si
enfim,
acabo
aqui

nada contra os gays, até pareço um.

Coro dos Descontentes

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Eu sou do coro dos descontentes
E quero estar afinado
para cada desafio dado
não dá pra ficar calado
com gente atirando de todos os lados
Se não merece, não reclame
se quer bater, permita que apanhe
se sabe pouco, não conclua pensamento
se não és combustível, não abasteça movimentos
não ouviram o Sergio Barros ?
sobre respeitar os passos dados por qualquer um
DE QUALQUER LADO
mesmo cantando desafinado ?
Se não quer contribuir
não cumprimente Eliaquim
não vá na casa dos Uchôa
Se conseguiu nadar sozinho
não derrube as canoas
Eu sou do coro dos descontentes
e quero usar minha voz
com a voz de todas as gentes
e não preciso desafiar ninguém para parecer diferente

DEPOIS QUE ROUBOU UM BEIJO

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Roubou um beijo?
ou comprou um corpo?

Comprou com um beijo
um pedaço de corpo
Comprou com um beijo
um sacio de teu gosto

em cima sempre
pra se fazer cachoeira

o nariz que te cheira
não é o nariz que tu almeja

teu corpo violão
não sacia teu toque, melodia
nem poderia saciar essa alma fria
que sofre em escrever tal poesia
de angústia e solidão

objeto incerto

alguém sem afeto
acostumado com ritmo de melancolia
decretado e fadado à contramão
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Poderia ter pés pros meus sentidos
Pra viajar nesse abstrato proibido
Algo do doce
Algo da dose
Alguns antes da doze 
Aterrissar com paciência
Aterrissar nessa deiscência
Da decência
Da prisão sem grades
Rotina secreta nos vales
Valendo a valia da azia
Talvez sumir
E subir pra um degrau mais baixo
 

Brendo Vieira © 2010

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